Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente- PPGSA
Núcleo de Extensão e Pesquisa com Populações e
Comunidades Rurais, Negras Quilombolas e Indígenas- NURUNI
Curso de Extensão em Formação Continuada em Gênero e Educação
para Relações Étnico Raciais
ANA PAULA DOS SANTOS REINALDO
FRANCISCA DE PAULA GOMES DE SOUSA
MARIA MARCELINA SANTOS SILVA
MAURIANE SANTOS FERREIRA COSTA
ROSIANE SILVERIA RODRIGUES VELOSO AMORIM
RELATÓRIO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO: roda de diálogo com membros do terreiro “Aldeia
Guerreiros de Fé- Luz Acima”
ANA PAULA DOS SANTOS REINALDO
FRANCISCA DE PAULA GOMES DE SOUSA
MARIA MARCELINA SANTOS SILVA
MAURIANE SANTOS FERREIRA COSTA
ROSIANE SILVERIA RODRIGUES VELOSO AMORIM
RELATÓRIO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO: roda de diálogo com membros do terreiro “Aldeia Guerreiros de Fé- Luz Acima”
Relatório apresentada à Coordenação do Curso de Extensão e Formação Continuada em Gênero e Educação para Relações Étnico Raciais, como requisito para conclusão do curso.
Resumo
|
As religiões
afro-brasileiras, historicamente sempre foi alvo de preconceito e
discriminação. As pessoas que delas participam convivem diariamente com
situações de violência seja física, psicológica ou simbólica. Assim, há uma
necessidade de fortalecermos o movimento de combate a todo tipo de intolerância
religiosa, considerando que somos sujeitos de direitos garantidos legalmente.
Nesta perspectiva, o presente relatório visa apresentar as ações desenvolvidas
no projeto de intervenção realizado como trabalho de conclusão do Curso de
Extensão em Formação Continuada em Gênero e Educação para Relações Étnico - Raciais.
O referido projeto possui como eixo norteador a educação e sua relação com as
religiões chamadas de matrizes africanas ou afro-brasileiras. Como se dão as
relações estabelecidas entre participantes de terreiro e seu processo escolar
foi o questionamento condutor da proposta interventiva, que foi realizada no
terreiro de candomblé e Mina Aldeia Guerreiros de Fé- Luz Acima localizado no
bairro do Miritítiua, no município de São José de Ribamar-Ma.
Palavras-chaves:
Educação. Religião. Escola.
“Em solo
brasileiro a religiosidade de origem africana adaptou-se à realidade do regime
escravocrata e cristão-católico. Contudo, mesmo sob grande privação, a força
milenar da fé desse povo (re) nasceu das cinzas nas senzalas e nos quilombos,
formando uma vasta gama de denominações religiosas “afro-brasileiras” (MUNANGA,
2012).
A partir da disciplina religiosidades de matrizes
africanas, surgiu a necessidade de estudarmos sobre as religiões de matriz
africana, destacadamente a de Mina e Candomblé, relacionando-as com a educação
de crianças e adolescentes participantes desta vertente religiosa.
Para fins de
obtenção de nota da disciplina anteriormente citada, elaboramos um projeto para
conhecermos como a religião de terreiro influencia na educação de crianças e
adolescentes. Assim decidimos consensualmente realizar nossa pesquisa no
terreiro de uma das participantes da equipe, a filha de santo Paulinha de Oxóssi e sua equede Marcelina. A
primeira iniciativa foi realizar visita de campo para conhecimento do terreiro
e entrevista com crianças e adolescentes. Realizamos duas visitas no terreiro e
um momento de intervenção.
Assim sendo, é
oportuno mencionar que o curso de extensão em gênero e educação para as
relações étnico-racial, configurou-se ponto de partida para a idealização e,
sobretudo concretização de intervenções que assumiram uma versatilidade em suas
ações, mas com um fundo e recorte que convergiam para uma mesma direção: as
questões étnico-raciais.
OBJETIVOS
Geral
Ø Promover uma roda de discussão e reflexão com membros
de terreiro, visando o fortalecimento de suas práticas e crenças, a partir de
preceitos legais referentes à liberdade religiosa, reconhecendo-os/as assim
como sujeitos de direitos.
Específicos
Ø Possibilitar um diálogo e reflexão sobre o processo
educativo e religioso de crianças e adolescentes de terreiro;
Ø Conhecer os
diferentes papéis sociais de sujeitos que convivem no terreiro;
Ø Trabalhar
aspectos legais sobre os direitos de liberdade religiosa na Constituição de
1988 e na Lei 10.639/2003;
Ø Discutir
estratégias de enfrentamento contra a discriminação em relação à religião de
terreiro.
METODOLOGIA
A pesquisa-ação possibilita que o
pesquisador intervenha dentro de uma problemática social, analisando-a e
anunciando seu objetivo de forma a mobilizar os participantes, construindo
novos saberes. É através da pesquisa-ação que o docente tem condições de
refletir criticamente sobre suas ações.
LÓCUS DA
PESQUISA E INTERVENÇÃO
O terreiro
Aldeia Guerreiros de Fé- Luz Acima localizado no bairro do Miritítiua, no
município de São José de Ribamar-Ma, tendo como liderança a mãe de santo
Paulinha de Oxóssi a qual conduz um grupo
de aproximadamente 32 participantes entre crianças, adolescentes, adultos e
idosos. Segundo a mãe de santo, o município de São José concentra
aproximadamente 200 espaços de terreiro, embora contraditoriamente seja
reconhecida como uma cidade católica. Este terreiro se fundamenta no Candomblé
e no Tambor de Mina. A organização e
distribuição física do espaço se dá da seguinte forma: um terreiro de barracão,
casa de Exu, casa da Cigana e outros espaços sagrados.
Neste espaço há
também a distribuição de tarefas na qual os/as membros são designados a
realizar determinada atividade definida pelo orixá. Assim como em outras
instituições este espaço dispõe de uma rotina que consiste na realização de
rituais, cumprimento de obrigações, reuniões, rezas, além de um calendário de festas.
Segundo a mãe de santo Paulinha de Oxóssi, os princípios que norteiam as ações
e práticas no terreiro se baseiam na humildade e respeito.
ETAPAS DO PROJETO DE INTERVENÇÃO:
O projeto de
intervenção representou um desafio, inclusive pessoal, haja vista que até então
não tínhamos nos lançado ao estudo de religiões afro-brasileiras,
principalmente o Candomblé e o Tambor de Mina. Contudo, à medida que conhecemos
e nos envolvemos com o objeto de estudo passamos a desmistificar ideias e
crenças que intencionalmente são difundidos na sociedade.
PRIMEIRO MOMENTO
Realizamos
entrevistas com crianças e adolescentes que participam do terreiro em questão.
Assim dialogamos com Angelita que tem 10
anos e faz o 6º ano na UEB São José dos Índios, localizado no município de
São José de Ribamar. Já a adolescente Jú
de Xangô, faz o Ensino Médio na escola Bacelar Portela no município de São
Luis.
Percebemos neste
estudo como religião e educação são campos indissociáveis , embora se
compreenda a complexidade e controversas que envolve os respectivos campos.
Neste espaço a educação ocorre como desdobramento das práticas religiosas, isto
é, nas vivências e no fazer religioso, por meio da observação e imitação.
Ocorre no momento que participam dos rituais, quando cumprem com suas
obrigações, quando fazem saudações aos mais velhos, no respeito e
reconhecimento das entidades espirituais. Nas palavras da mãe de santo Paulinha
de Oxóssi, todo esse processo ocorre de forma mágica e natural.
Tanto a criança
como a adolescente revelam um sentimento muito forte de pertencimento a
religião de terreiro, falando com muita segurança, propriedade e ao mesmo tempo
com um discurso carregado de emoção e orgulho do que participam. Isso nos
remete à discussão da construção e fortalecimento das bases identitárias, para
que não se perca as referencias de sua origem e espaço de pertencimento,
independente do local que se encontre, sabendo se posiciona a partir das
relações que estabelece com o outro.
A escola ainda é
um espaço que exclui, discrimina e não está preparada para trabalhar a
diversidade. Nos relatos das mesmas, evidenciamos como são desrespeitadas e
como não se sentem representadas e, portanto como sujeitos que constrói a sua
própria história. Como é urgente a necessidade de se qualificar e preparar os
professores para intervirem positivamente nas situações de discriminação e
exclusão em sala de aula e assim formar novos valores e atitudes.
O que se percebe é que os professores desconhecem e
atuam sem levar em consideração a heterogeneidade que dar vida ao espaço
escolar e o que prevê a lei 10.639/03.
É importante que a comunidade e a escola estejam
abertas para o diálogo, essa aproximação vai favorecer o conhecimento da nossa
própria história, principalmente no que tange às religiões de matrizes
africanas tão ignoradas neste diálogo.
Parece que a educação de terreiro cumpre sua função
social bem mais do que a própria escola, se considerarmos que tudo que ali é
aprendido tem uma aplicabilidade na vida dos indivíduos, o que a escola talvez
não seja capaz de fazer. O valor que se atribui às práticas no terreiro é
admirável, o zelo, a crença, o respeito, o cumprimento rigoroso das obrigações,
a seriedades com que encaram a religião, são virtudes que não conseguimos
observar e empreender em outros espaços. Tudo isso influencia no comportamento,
na maneira de compreender e agir no mundo, configurando o sujeito.
A Angelita disse ser muito feliz participando do terreiro e o
momento que mais gosta é no momento dos rituais em que as entidades se
manifestam, onde tudo é lindo e mágico. Segundo a mesma, na escola todos sabem
da religião que participa, defende a ideia de que as pessoas devem gostar e
aceitá-la do jeito que é. Teve situações do colega chamar a religião de
macumba, de que está a serviço do mal, já chegaram ao extremo de perguntar se
ela estava com câncer, quando usa turbante em momento de obrigações. Ela disse
que algumas vezes por ignorância das pessoas ela explica do que se trata a
religião, combatendo preconceitos e discriminação, outras vezes prefere o
silêncio para “não falar besteira”. Ainda com base nos relatos da Angelita, sua
professora ficou assustada ao saber de sua religião.
Por sua vez, Jú de Xangô afirma não sofrer
intolerância religiosa na escola, todos sabem de sua religião e respeitam.
Contudo, fica insatisfeita quando os professores ainda cometem alguns equívocos
quando abordam em suas aulas a religião de terreiro. Ela gostaria que tivesse
projetos na escola que disseminassem e conscientizassem alunos e professores
acerca de sua religião. Acredita ainda que a religião tem pontos bastante
positivos, citou como exemplo que a participação nesta religião evita o
envolvimento com drogas.
SEGUNDO MOMENTO
Com base na
análise dos dados e na elaboração do diagnóstico surgiu a necessidade de se
realizar a intervenção junto à escola de modo a instrumentalizar os professores
no que tange à religião de terreiro. A escola que decidimos realizar a
intervenção foi a UEB São José dos Índios pelo fato de atender crianças e
adolescentes que frequentam terreiros e por ser a escola de uma das crianças
entrevistadas.
No momento de solicitação de um momento
formativo com os professores da escola, fomos surpreendidas com o resultado,
pois não fomos autorizadas a realizar intervenção, sob a justificativa que toda
solicitação deve ser encaminhada à secretaria de educação do município que
analisa e emiti parecer favorável ou não. Toda essa situação só reafirmou o
pensamento de que a escola não tem interesse em tratar de certas questões em
seu interior, porque sabe que a repercussão desta intervenção extrapolaria os
muros da escola.
Como consequência
tivemos que mudar as estratégias, replanejando nossas ações. Foi quando
decidimos ampliar o estudo realizado no terreiro, promovendo uma roda de
diálogo com membros do terreiro com o intuito de fortalecer suas práticas e
crenças a partir de preceitos legais como a lei 10.639/03 e a constituição de
1988.
No dia 08/12/15,
reunimos oito membros do terreiro das 8h às 12h para uma roda de diálogo e
reflexões, a partir dos seguintes questionamentos: Como ocorreu o envolvimento
com a religião de terreiro? Que estratégias os/as participantes de terreiro
utilizam para enfrentar as práticas discriminatórias e excludentes na escola,
na comunidade, no trabalho? Qual a representatividade desta religião em suas
vidas? Quais são suas expectativas e projetos em relação a essa crença?
Partimos da
pesquisa e resultados obtidos com crianças e adolescentes para que entendessem
a razão da nossa presença ali. Em seguida lançamos alguns questionamentos para
o grupo para analisar seus posicionamentos. Após um caloroso diálogo, abordamos
alguns artigos da constituição de 1988 e a lei 10.639/03 com o intuito que se
reconhecessem como sujeitos de direitos, dispondo legalmente do direito de
manifestar sua religião com liberdade e respeito.
RESULTADOS ALCANÇADOS
Considerando que
nossa proposta inicial era o trabalho com os/as docentes o resultado que nos
tínhamos proposto, ficou comprometido. Entretanto, não podemos mencionar os
resultados surpreendentes que obtivemos a partir do replanejar o projeto de
intervenção. Percebemos o quanto a roda de diálogo foi momento de narrativas
importantes sobre a difícil decisão de se assumir participantes de terreiro. As
pessoas que participaram desabafaram sobre os preconceitos e discriminações
vividas. Em contrapartida também puderam conhecer um pouco sobre as leis que
garantem a nós o direito de exercermos nossa liberdade religiosa.
Foi um momento
de interação de conhecimentos e vivências, que nos possibilitaram o repensar
nossa postura enquanto cidadãos e sujeitos de direitos. Também nos possibilitou
identificar como são complexas as relações de gênero que permeam esses espaços
e como neles as mulheres vivenciam violência nas suas relações afetivas. Em
síntese, foram muitas aprendizagens ali construídas e a inquietude do continuar
o trabalho e estes não poderiam ser resultados melhores.
CRONOGRAMA
Atividades desenvolvidas
|
Carga horária
|
Período
|
Elaboração do projeto
|
20h
|
setembro
|
Momentos de estudos
|
10h
|
outubro
|
Atividade de pesquisa no
terreiro
|
4h
|
novembro
|
Replanejamento das ações
|
8h
|
novembro
|
Roda de diálogo
|
5h
|
dezembro
|
Elaboração e apresentação do
relatório
|
8h
|
dezembro
|
Revisão do relatório final
|
4h
|
dezembro
|
CONCLUSÃO
A roda de diálogo favoreceu a interação de todos os sujeitos e
principalmente para a troca de conhecimentos, deixando-os à vontade para
manifestar seus pontos de vistas e vivências no terreiro;
É notório como os participantes têm suas identidades consolidadas
em relação à religião de terreiro, isso é perceptível em seus discursos e atos
que denotam o seu sentimento de pertencimento a esta religião;
Os participantes reconhecem que ainda existe muito preconceito e
discriminação em relação à religião de terreiro e que a lei 10.639/03 não foi
suficiente para legitimação de suas crenças e práticas, pois a escola é o
espaço onde mais se reproduz preconceito;
Os sujeitos envolvidos atribuem muito valor a esta religião,
representando parte de suas vidas.
Diante das reflexões obtidas a partir desta vivência, reafirmamos
a ideia de que a educação constitui um dos principais processos de
transformação e constituição de um povo, acontecendo em espaços formais e
informais, e é papel da escola e da sociedade como um todo, de forma
democrática e comprometida com a promoção do ser humano na sua integralidade
estimular a formação de valores, hábitos e comportamentos que respeitem as
diferenças e as características próprias de grupos e minorias. Ampliando, por
meio da educação o conceito de cidadania onde a sociedade como um todo, seja
inclusivamente participante.
DESDOBRAMENTOS E
PERSPECTIVAS DA PESQUISA
A realização deste trabalho nos trouxe várias reflexões de como a
relação entre religião e educação formal se constitui de conflitos e qual o
nosso papel de educadoras neste contexto. Estas reflexões nos conduziram a uma
iniciativa de desenvolver um trabalho político-pedagógico junto aos terreiros,
na tentativa de estabelecer um diálogo com a escola.
Criamos um grupo de estudo, no qual o nosso objeto são as
religiões afro-brasileiras, pois sentimos a necessidade de apropriação de
conhecimentos sobre esta temática para posteriormente desenvolvermos momentos
formativos com professores e rodas de diálogo se possível entre docentes e
participantes de terreiro.
Acreditamos que estas ações possam contribuir para a diminuição da
intolerância religiosa que destrói as relações humanas e nos desumaniza.
AVALIAÇÃO DO CURSO
O Curso
de Extensão em Formação Continuada em Gênero e Educação para Relações Étnico
Raciais possibilitou um espaço de estudo, discussão, reflexão,
pesquisa, troca e valorização de experiências entre sujeitos que vivenciam,
pesquisam e trabalham em diferentes setores sociais. Indiscutivelmente o curso
nos muniu de um aparato teórico, político, ideológico para enfrentar, combater
estrategicamente qualquer ação ou intenção de exclusão, discriminação,
inferiorização de grupos étnico-raciais historicamente marginalizados na
sociedade.
Por outro lado,
faz-se necessário mencionar que o curso ao longo de seu desenvolvimento
apresentou algumas dificuldades: de ordem estrutural que visivelmente
encontrava na própria UFMA as suas razões de ser; a falta de condições básicas
como água para bebermos, por exemplo; já ficamos sem ter aula por ausência do
porteiro; situações de descaso para com um curso de grande visibilidade e
repercussão social.
Sentimos falta
de visitas e diálogos com comunidades quilombolas, tradicionais, indígenas,
representantes de espaços de terreiros e com instituições que tratam da questão
de gênero. Também poderíamos ter uma orientação mais direcionada feita pelos/as
professores/as para a realização do trabalho de conclusão (projeto de
intervenção). Sobre este último ponto, compreendemos o motivo pelo qual não foi
possível de realização, mas o sugerimos para as novas turmas.
As dificuldades
aqui mencionadas não sobrepõem toda a riqueza de aprendizagens construída. A
partir do curso conseguimos desconstruir concepções e valores que geralmente herdamos
desde a infância e passamos a realizar releituras de tudo o que nos envolve,
pois a educação que recebemos é permeada de preconceitos, que nos faz construir
visões errôneas acerca de nossa realidade. Empregamos “[...] definições
preestabelecidas desprovidas de fundamentação e contextualização teórica.
Sempre depreciativo o preconceito estigmatiza pessoas e grupos sociais,
cristaliza crenças e clichês, provocando generalizações errôneas e apressadas
[...] (SANTOS, 2012, p. 19). Assim, não podemos perder de vista que muitas
práticas discriminatórias e preconceituosas se desencadeiam nas sutilezas dos
atos e discursos, o que exige um olhar crítico e aprofundado.
Acreditamos que
quando conseguimos mudar a maneira de compreender e intervir no mundo, já se
alcançou algo bastante significativo, pois o sujeito está apto a transformar
sua realidade, não se subordinando mais outrem, pois dispõe da capacidade de
refletir e fazer releituras.
REFERÊNCIAS
BRASIL.
Ministério da Educação. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a lei nº
9. 394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes da educação
nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade
da temática “História e Cultura Afro-Brasileira Africana”, e dá outra
providencias. Diário Oficial da União. Brasília:
DF, 10 jan. 2003.
MUNANGA, Kabengele. In: ENCONTRO DE HISTÓRIA: HISTÓRIA, RACISMO E RELIGIOSIDADES NEGRAS, 2012, Maceió, AL. Anais... Maceió, 23 a 26 de outubro de
2012 [recurso eletrônico], Universidade Federal de Alagoas, Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes, Curso de História, Maceió:
Ufal, 2012.