quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Educação e religião:roda de diálogo com membros do terreiro “Aldeia Guerreiros de Fé- Luz Acima”

Universidade Federal do Maranhão- UFMA
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente- PPGSA
Núcleo de Extensão e Pesquisa com Populações e Comunidades Rurais, Negras Quilombolas e Indígenas- NURUNI
Curso de Extensão em Formação Continuada em Gênero e Educação para Relações Étnico Raciais





ANA PAULA DOS SANTOS REINALDO
FRANCISCA DE PAULA GOMES DE SOUSA
MARIA MARCELINA SANTOS SILVA
MAURIANE SANTOS FERREIRA COSTA
ROSIANE SILVERIA RODRIGUES VELOSO AMORIM









RELATÓRIO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO: roda de diálogo com membros do terreiro “Aldeia Guerreiros de Fé- Luz Acima”
















 

 

 

 




ANA PAULA DOS SANTOS REINALDO
FRANCISCA DE PAULA GOMES DE SOUSA
MARIA MARCELINA SANTOS SILVA
MAURIANE SANTOS FERREIRA COSTA
ROSIANE SILVERIA RODRIGUES VELOSO AMORIM





RELATÓRIO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO: roda de diálogo com membros do terreiro “Aldeia Guerreiros de Fé- Luz Acima”

Relatório apresentada à Coordenação do Curso de Extensão e Formação Continuada em Gênero e Educação para Relações Étnico Raciais, como requisito para conclusão do curso.


Resumo
As religiões afro-brasileiras, historicamente sempre foi alvo de preconceito e discriminação. As pessoas que delas participam convivem diariamente com situações de violência seja física, psicológica ou simbólica. Assim, há uma necessidade de fortalecermos o movimento de combate a todo tipo de intolerância religiosa, considerando que somos sujeitos de direitos garantidos legalmente. Nesta perspectiva, o presente relatório visa apresentar as ações desenvolvidas no projeto de intervenção realizado como trabalho de conclusão do Curso de Extensão em Formação Continuada em Gênero e Educação para Relações Étnico - Raciais. O referido projeto possui como eixo norteador a educação e sua relação com as religiões chamadas de matrizes africanas ou afro-brasileiras. Como se dão as relações estabelecidas entre participantes de terreiro e seu processo escolar foi o questionamento condutor da proposta interventiva, que foi realizada no terreiro de candomblé e Mina Aldeia Guerreiros de Fé- Luz Acima localizado no bairro do Miritítiua, no município de São José de Ribamar-Ma.
Palavras-chaves: Educação. Religião. Escola.


“Em solo brasileiro a religiosidade de origem africana adaptou-se à realidade do regime escravocrata e cristão-católico. Contudo, mesmo sob grande privação, a força milenar da fé desse povo (re) nasceu das cinzas nas senzalas e nos quilombos, formando uma vasta gama de denominações religiosas “afro-brasileiras” (MUNANGA, 2012).


A partir da disciplina religiosidades de matrizes africanas, surgiu a necessidade de estudarmos sobre as religiões de matriz africana, destacadamente a de Mina e Candomblé, relacionando-as com a educação de crianças e adolescentes participantes desta vertente religiosa.
Para fins de obtenção de nota da disciplina anteriormente citada, elaboramos um projeto para conhecermos como a religião de terreiro influencia na educação de crianças e adolescentes. Assim decidimos consensualmente realizar nossa pesquisa no terreiro de uma das participantes da equipe, a filha de santo Paulinha de Oxóssi e sua equede Marcelina. A primeira iniciativa foi realizar visita de campo para conhecimento do terreiro e entrevista com crianças e adolescentes. Realizamos duas visitas no terreiro e um momento de intervenção.
Assim sendo, é oportuno mencionar que o curso de extensão em gênero e educação para as relações étnico-racial, configurou-se ponto de partida para a idealização e, sobretudo concretização de intervenções que assumiram uma versatilidade em suas ações, mas com um fundo e recorte que convergiam para uma mesma direção: as questões étnico-raciais.

OBJETIVOS
Geral
Ø  Promover uma roda de discussão e reflexão com membros de terreiro, visando o fortalecimento de suas práticas e crenças, a partir de preceitos legais referentes à liberdade religiosa, reconhecendo-os/as assim como sujeitos de direitos.
Específicos
Ø  Possibilitar um diálogo e reflexão sobre o processo educativo e religioso de crianças e adolescentes de terreiro;
Ø   Conhecer os diferentes papéis sociais de sujeitos que convivem no terreiro;
Ø   Trabalhar aspectos legais sobre os direitos de liberdade religiosa na Constituição de 1988 e na Lei 10.639/2003;
Ø   Discutir estratégias de enfrentamento contra a discriminação em relação à religião de terreiro.

METODOLOGIA
A pesquisa-ação possibilita que o pesquisador intervenha dentro de uma problemática social, analisando-a e anunciando seu objetivo de forma a mobilizar os participantes, construindo novos saberes. É através da pesquisa-ação que o docente tem condições de refletir criticamente sobre suas ações.

LÓCUS DA PESQUISA E INTERVENÇÃO
O terreiro Aldeia Guerreiros de Fé- Luz Acima localizado no bairro do Miritítiua, no município de São José de Ribamar-Ma, tendo como liderança a mãe de santo Paulinha de Oxóssi a qual conduz um grupo de aproximadamente 32 participantes entre crianças, adolescentes, adultos e idosos. Segundo a mãe de santo, o município de São José concentra aproximadamente 200 espaços de terreiro, embora contraditoriamente seja reconhecida como uma cidade católica. Este terreiro se fundamenta no Candomblé e no Tambor de Mina. A organização e distribuição física do espaço se dá da seguinte forma: um terreiro de barracão, casa de Exu, casa da Cigana e outros espaços sagrados.
Neste espaço há também a distribuição de tarefas na qual os/as membros são designados a realizar determinada atividade definida pelo orixá. Assim como em outras instituições este espaço dispõe de uma rotina que consiste na realização de rituais, cumprimento de obrigações, reuniões, rezas, além de um calendário de festas. Segundo a mãe de santo Paulinha de Oxóssi, os princípios que norteiam as ações e práticas no terreiro se baseiam na humildade e respeito.

ETAPAS DO PROJETO DE INTERVENÇÃO:
O projeto de intervenção representou um desafio, inclusive pessoal, haja vista que até então não tínhamos nos lançado ao estudo de religiões afro-brasileiras, principalmente o Candomblé e o Tambor de Mina. Contudo, à medida que conhecemos e nos envolvemos com o objeto de estudo passamos a desmistificar ideias e crenças que intencionalmente são difundidos na sociedade.

PRIMEIRO MOMENTO

Realizamos entrevistas com crianças e adolescentes que participam do terreiro em questão. Assim dialogamos com Angelita que tem 10 anos e faz o 6º ano na UEB São José dos Índios, localizado no município de São José de Ribamar. Já a adolescente Jú de Xangô, faz o Ensino Médio na escola Bacelar Portela no município de São Luis.
Percebemos neste estudo como religião e educação são campos indissociáveis , embora se compreenda a complexidade e controversas que envolve os respectivos campos. Neste espaço a educação ocorre como desdobramento das práticas religiosas, isto é, nas vivências e no fazer religioso, por meio da observação e imitação. Ocorre no momento que participam dos rituais, quando cumprem com suas obrigações, quando fazem saudações aos mais velhos, no respeito e reconhecimento das entidades espirituais. Nas palavras da mãe de santo Paulinha de Oxóssi, todo esse processo ocorre de forma mágica e natural.
Tanto a criança como a adolescente revelam um sentimento muito forte de pertencimento a religião de terreiro, falando com muita segurança, propriedade e ao mesmo tempo com um discurso carregado de emoção e orgulho do que participam. Isso nos remete à discussão da construção e fortalecimento das bases identitárias, para que não se perca as referencias de sua origem e espaço de pertencimento, independente do local que se encontre, sabendo se posiciona a partir das relações que estabelece com o outro.
A escola ainda é um espaço que exclui, discrimina e não está preparada para trabalhar a diversidade. Nos relatos das mesmas, evidenciamos como são desrespeitadas e como não se sentem representadas e, portanto como sujeitos que constrói a sua própria história. Como é urgente a necessidade de se qualificar e preparar os professores para intervirem positivamente nas situações de discriminação e exclusão em sala de aula e assim formar novos valores e atitudes.
O que se percebe é que os professores desconhecem e atuam sem levar em consideração a heterogeneidade que dar vida ao espaço escolar e o que prevê a lei 10.639/03.
É importante que a comunidade e a escola estejam abertas para o diálogo, essa aproximação vai favorecer o conhecimento da nossa própria história, principalmente no que tange às religiões de matrizes africanas tão ignoradas neste diálogo.
Parece que a educação de terreiro cumpre sua função social bem mais do que a própria escola, se considerarmos que tudo que ali é aprendido tem uma aplicabilidade na vida dos indivíduos, o que a escola talvez não seja capaz de fazer. O valor que se atribui às práticas no terreiro é admirável, o zelo, a crença, o respeito, o cumprimento rigoroso das obrigações, a seriedades com que encaram a religião, são virtudes que não conseguimos observar e empreender em outros espaços. Tudo isso influencia no comportamento, na maneira de compreender e agir no mundo, configurando o sujeito.
A Angelita disse ser muito feliz participando do terreiro e o momento que mais gosta é no momento dos rituais em que as entidades se manifestam, onde tudo é lindo e mágico. Segundo a mesma, na escola todos sabem da religião que participa, defende a ideia de que as pessoas devem gostar e aceitá-la do jeito que é. Teve situações do colega chamar a religião de macumba, de que está a serviço do mal, já chegaram ao extremo de perguntar se ela estava com câncer, quando usa turbante em momento de obrigações. Ela disse que algumas vezes por ignorância das pessoas ela explica do que se trata a religião, combatendo preconceitos e discriminação, outras vezes prefere o silêncio para “não falar besteira”. Ainda com base nos relatos da Angelita, sua professora ficou assustada ao saber de sua religião.
Por sua vez, Jú de Xangô afirma não sofrer intolerância religiosa na escola, todos sabem de sua religião e respeitam. Contudo, fica insatisfeita quando os professores ainda cometem alguns equívocos quando abordam em suas aulas a religião de terreiro. Ela gostaria que tivesse projetos na escola que disseminassem e conscientizassem alunos e professores acerca de sua religião. Acredita ainda que a religião tem pontos bastante positivos, citou como exemplo que a participação nesta religião evita o envolvimento com drogas.

 SEGUNDO MOMENTO

Com base na análise dos dados e na elaboração do diagnóstico surgiu a necessidade de se realizar a intervenção junto à escola de modo a instrumentalizar os professores no que tange à religião de terreiro. A escola que decidimos realizar a intervenção foi a UEB São José dos Índios pelo fato de atender crianças e adolescentes que frequentam terreiros e por ser a escola de uma das crianças entrevistadas.
 No momento de solicitação de um momento formativo com os professores da escola, fomos surpreendidas com o resultado, pois não fomos autorizadas a realizar intervenção, sob a justificativa que toda solicitação deve ser encaminhada à secretaria de educação do município que analisa e emiti parecer favorável ou não. Toda essa situação só reafirmou o pensamento de que a escola não tem interesse em tratar de certas questões em seu interior, porque sabe que a repercussão desta intervenção extrapolaria os muros da escola.
Como consequência tivemos que mudar as estratégias, replanejando nossas ações. Foi quando decidimos ampliar o estudo realizado no terreiro, promovendo uma roda de diálogo com membros do terreiro com o intuito de fortalecer suas práticas e crenças a partir de preceitos legais como a lei 10.639/03 e a constituição de 1988.
No dia 08/12/15, reunimos oito membros do terreiro das 8h às 12h para uma roda de diálogo e reflexões, a partir dos seguintes questionamentos: Como ocorreu o envolvimento com a religião de terreiro? Que estratégias os/as participantes de terreiro utilizam para enfrentar as práticas discriminatórias e excludentes na escola, na comunidade, no trabalho? Qual a representatividade desta religião em suas vidas? Quais são suas expectativas e projetos em relação a essa crença?
Partimos da pesquisa e resultados obtidos com crianças e adolescentes para que entendessem a razão da nossa presença ali. Em seguida lançamos alguns questionamentos para o grupo para analisar seus posicionamentos. Após um caloroso diálogo, abordamos alguns artigos da constituição de 1988 e a lei 10.639/03 com o intuito que se reconhecessem como sujeitos de direitos, dispondo legalmente do direito de manifestar sua religião com liberdade e respeito.

RESULTADOS ALCANÇADOS
Considerando que nossa proposta inicial era o trabalho com os/as docentes o resultado que nos tínhamos proposto, ficou comprometido. Entretanto, não podemos mencionar os resultados surpreendentes que obtivemos a partir do replanejar o projeto de intervenção. Percebemos o quanto a roda de diálogo foi momento de narrativas importantes sobre a difícil decisão de se assumir participantes de terreiro. As pessoas que participaram desabafaram sobre os preconceitos e discriminações vividas. Em contrapartida também puderam conhecer um pouco sobre as leis que garantem a nós o direito de exercermos nossa liberdade religiosa.
Foi um momento de interação de conhecimentos e vivências, que nos possibilitaram o repensar nossa postura enquanto cidadãos e sujeitos de direitos. Também nos possibilitou identificar como são complexas as relações de gênero que permeam esses espaços e como neles as mulheres vivenciam violência nas suas relações afetivas. Em síntese, foram muitas aprendizagens ali construídas e a inquietude do continuar o trabalho e estes não poderiam ser resultados melhores.

CRONOGRAMA
Atividades desenvolvidas
Carga horária
Período
Elaboração do projeto
20h
setembro
Momentos de estudos
10h
outubro
Atividade de pesquisa no terreiro
4h
novembro
Replanejamento das ações
8h
novembro
Roda de diálogo
5h
dezembro
Elaboração e apresentação do relatório
8h
dezembro
Revisão do relatório final
4h
dezembro

CONCLUSÃO

A roda de diálogo favoreceu a interação de todos os sujeitos e principalmente para a troca de conhecimentos, deixando-os à vontade para manifestar seus pontos de vistas e vivências no terreiro;
É notório como os participantes têm suas identidades consolidadas em relação à religião de terreiro, isso é perceptível em seus discursos e atos que denotam o seu sentimento de pertencimento a esta religião;
Os participantes reconhecem que ainda existe muito preconceito e discriminação em relação à religião de terreiro e que a lei 10.639/03 não foi suficiente para legitimação de suas crenças e práticas, pois a escola é o espaço onde mais se reproduz preconceito;
Os sujeitos envolvidos atribuem muito valor a esta religião, representando parte de suas vidas.
Diante das reflexões obtidas a partir desta vivência, reafirmamos a ideia de que a educação constitui um dos principais processos de transformação e constituição de um povo, acontecendo em espaços formais e informais, e é papel da escola e da sociedade como um todo, de forma democrática e comprometida com a promoção do ser humano na sua integralidade estimular a formação de valores, hábitos e comportamentos que respeitem as diferenças e as características próprias de grupos e minorias. Ampliando, por meio da educação o conceito de cidadania onde a sociedade como um todo, seja inclusivamente participante.

DESDOBRAMENTOS E PERSPECTIVAS DA PESQUISA
A realização deste trabalho nos trouxe várias reflexões de como a relação entre religião e educação formal se constitui de conflitos e qual o nosso papel de educadoras neste contexto. Estas reflexões nos conduziram a uma iniciativa de desenvolver um trabalho político-pedagógico junto aos terreiros, na tentativa de estabelecer um diálogo com a escola.
Criamos um grupo de estudo, no qual o nosso objeto são as religiões afro-brasileiras, pois sentimos a necessidade de apropriação de conhecimentos sobre esta temática para posteriormente desenvolvermos momentos formativos com professores e rodas de diálogo se possível entre docentes e participantes de terreiro.
Acreditamos que estas ações possam contribuir para a diminuição da intolerância religiosa que destrói as relações humanas e nos desumaniza.

AVALIAÇÃO DO CURSO

O Curso de Extensão em Formação Continuada em Gênero e Educação para Relações Étnico Raciais possibilitou um espaço de estudo, discussão, reflexão, pesquisa, troca e valorização de experiências entre sujeitos que vivenciam, pesquisam e trabalham em diferentes setores sociais. Indiscutivelmente o curso nos muniu de um aparato teórico, político, ideológico para enfrentar, combater estrategicamente qualquer ação ou intenção de exclusão, discriminação, inferiorização de grupos étnico-raciais historicamente marginalizados na sociedade.
Por outro lado, faz-se necessário mencionar que o curso ao longo de seu desenvolvimento apresentou algumas dificuldades: de ordem estrutural que visivelmente encontrava na própria UFMA as suas razões de ser; a falta de condições básicas como água para bebermos, por exemplo; já ficamos sem ter aula por ausência do porteiro; situações de descaso para com um curso de grande visibilidade e repercussão social.
Sentimos falta de visitas e diálogos com comunidades quilombolas, tradicionais, indígenas, representantes de espaços de terreiros e com instituições que tratam da questão de gênero. Também poderíamos ter uma orientação mais direcionada feita pelos/as professores/as para a realização do trabalho de conclusão (projeto de intervenção). Sobre este último ponto, compreendemos o motivo pelo qual não foi possível de realização, mas o sugerimos para as novas turmas.
As dificuldades aqui mencionadas não sobrepõem toda a riqueza de aprendizagens construída. A partir do curso conseguimos desconstruir concepções e valores que geralmente herdamos desde a infância e passamos a realizar releituras de tudo o que nos envolve, pois a educação que recebemos é permeada de preconceitos, que nos faz construir visões errôneas acerca de nossa realidade. Empregamos “[...] definições preestabelecidas desprovidas de fundamentação e contextualização teórica. Sempre depreciativo o preconceito estigmatiza pessoas e grupos sociais, cristaliza crenças e clichês, provocando generalizações errôneas e apressadas [...] (SANTOS, 2012, p. 19). Assim, não podemos perder de vista que muitas práticas discriminatórias e preconceituosas se desencadeiam nas sutilezas dos atos e discursos, o que exige um olhar crítico e aprofundado.
Acreditamos que quando conseguimos mudar a maneira de compreender e intervir no mundo, já se alcançou algo bastante significativo, pois o sujeito está apto a transformar sua realidade, não se subordinando mais outrem, pois dispõe da capacidade de refletir e fazer releituras.


REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a lei nº 9. 394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira Africana”, e dá outra providencias. Diário Oficial da União. Brasília: DF, 10 jan. 2003.
MUNANGA, Kabengele. In: ENCONTRO DE HISTÓRIA: HISTÓRIA, RACISMO E RELIGIOSIDADES NEGRAS, 2012, Maceió, AL. Anais... Maceió, 23 a 26 de outubro de 2012 [recurso eletrônico], Universidade Federal de Alagoas, Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes, Curso de História, Maceió: Ufal, 2012.



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