Este Blog é produto/resultado da Dissertação "Práticas pedagógicas que envolvam ensino pesquisa e extensão na educação básica e superior" pelo PPGHIST/UEMA – MESTRADO EM HISTÓRIA.
terça-feira, 21 de agosto de 2018
PROJETO A FOTOGRAFIA E A MATERIALIZAÇÃO DA MEMÓRIA ESCOLAR
PROJETO A FOTOGRAFIA E A MATERIALIZAÇÃO DA MEMÓRIA ESCOLAR
1 INTRODUÇÃO
A fotografia, além de ser o registro dos locais, fatos e pessoas que
nos é importante, nos leva a lugares que ainda não visitamos, pode também ser
considerada como uma fonte importante de dados, fatos e informações que se
soubermos explorar corretamente a transforma em um poderoso recurso didático (TURAZZI,
2005).
A fotografia, invenção
burguesa do século XIX, segundo Sontag (1996) possibilitou no campo da educação
a ampliação no cotidiano da sala de aula, o processo de comunicação proveniente
da utilização da imagem fotográfica como material de apoio didático, podendo
viabilizar uma prática educacional mais direcionada à formação de cidadãos
críticos, desde que, forneça suporte para que a aprendizagem seja realmente
efetivada, procurando um lugar onde seja possível a comunicação do indivíduo
com seus pares, possibilitando troca de conhecimentos, informações e novas
descobertas.
Para Martins (2008) na
sociedade da informação, vivemos um consumo excessivo de imagens, onde o
fundamental é saber interpretá-las, ou ressignificá-la de modo que, o indivíduo
seja capaz de desvendar seus vários sentidos. Assim, diante da necessidade de
uma quebra de paradigma educativo, o uso da fotografia através do projeto “A fotografia e a materialização da
memória escolar” contribuiu para o rompimento de uma aprendizagem
fragmentada, em que a fotografia tem se mostrado uma importante ferramenta no
trabalho interdisciplinar resultando no olhar que analisa a cultura escolar
possibilitando a materialização de uma memória a ser preservada como fonte de
informação para a pesquisa histórica.
Para Mignot (2003) a fotografia conta histórias, revela o ambiente, fala
sobre as pessoas e contribui para fixar a lembrança, evitar o esquecimento,
garantindo um lugar na posteridade. A fotografia emoldura o tempo e organiza
experiências passadas acusando a passagem vertiginosa da vida.
O que se percebe é que ao
longo do século XX, a fotografia enquanto documento visual adquire um espaço no
trabalho do historiador passando a ser utilizada como fonte de pesquisa
histórica relacionada à preocupação de se estudar as diversas dimensões da vida
social.
A fotografia, segundo Sontag (1986) passou a
ser o registro por fiel que, por meios gestos captados a imagem deixa indícios
de modos de fazer, de viver e de pensar dos homens com suas gravuras, mapas,
gráficos, pinturas, lembranças, utensílios, ferramentas, festas, cerimônias, rituais,
intervenções na paisagem, edificações etc. As fontes iconográficas passaram a ter
variados sentidos literário, poético e jornalístico, etc.
Assim, a fotografia se
liberada de seu compromisso de registro, do vínculo com a realidade histórica hegemônica
localizada no tempo passado, nesse momento ela é capaz de permitir narrar novas
histórias, construir outras identidades, revelar outros passados, fundar uma
memória. (PEIXOTO, 1998).
O uso da fotografia no
projeto “A fotografia e a
materialização da memória escolar” não se pretendeu apoiar meramente a
exposição de fotografias (imagens) no ambiente escolar, apenas com o objetivo
de reforçar os textos do material oferecido aos alunos como comumente vemos nos
livros didáticos. De acordo com Bittencourt (1997) ela é mais do que isso,
torna-se um desafio para a aprendizagem, local de descobertas coletivas, num
ambiente motivador e inovador em que a participação de cada um seja
incentivadora para a construção de conhecimento coletivo, na medida em que está
evidente a dificuldade de leitura contextualizada partindo da sua própria
compreensão, dos seus próprios questionamentos, evocando com isso uma leitura
crítica da realidade.
O papel do professor no
ambiente de sala de aula passa a ser o de mediador e instigador para que o
aluno construa seu conhecimento a partir da pesquisa, e essa habilidade depende
de práticas pedagógicas inovadoras e dentre estas destacamos o uso da
fotografia e, onde se pôde através do projeto “A fotografia e a materialização da memória escolar” analisar
o passado e presente através dessa ferramenta que no contexto atual é inovadora.
Inovadora no sentido de
que passa a ser utilizada como campo de investigação e não elemento
ilustrativo, com objetivos claros, fornecendo a possibilidade de uma releitura
do mundo real captado na fotografia.
A historiografia das instituições escolares e seus sujeitos escolares
tendo com aporte teórico a Historia Cultural nos direcionam para relatos orais
e memórias esquecidas e não conhecidas, ate então, pois segundo Nunes (2003,
p.15) “as escolas são celeiros de memórias, espaços nos quais se tece parte da
memória social”. Através da fotografia de professores, alunos e comunidade
escolar podemos conhecer a história da sociedade que a gerou, uma vez que a
educação não é um fenômeno neutro e esta diretamente ligada aos ocorridos da
sociedade.
Nesse sentido o projeto “A fotografia e a materialização da
memória escolar” possibilitou a minha pessoa enquanto coordenadora do
projeto criar novos caminhos e novas
alternativas de mediar, aprender e avaliar através desse recurso didático prático
e inovador na sala de aula da escola básica que durante muito tempo somente
utilizou o quadro, o livro didático e a figura do professor como transmissor de
informações.
O professor de História pode ensinar o
aluno a adquirir as ferramentas de trabalho necessárias; o saber-fazer, o
saber-fazer-bem, lançar os germes do histórico. Ele é o responsável por ensinar
o aluno a captar e a valorizar a diversidade dos pontos de vista. Ao professor
cabe ensinar o aluno a levantar problemas e a reintegrá-los num conjunto mais
vasto de outros problemas em problemáticas. (SCHMIDT, 2004, p. 57)
Assim, é que o presente projeto teve por objetivo utilizar a fotografia
como materialização da memória escolar. Dessa forma, as questões que permearam
esse projeto de pesquisa foram pautadas nas seguintes proposições, a partir da
utilização da fotografia: Quais lembranças do cotidiano escolar permeiam a
memória e cultura escolar de alunos e professores? Como essa cultura escolar e
memórias contribuem para a construção e reconstrução da história da educação da
capital do Maranhão? Como alunos e professores percebem as mudanças educativas
no espaço tempo no ambiente escolar através da fotografia?
Nosso projeto esta voltado para o eixo temático sugerido no edital: Educação
museal: atividades de formação cultural e aprendizado que promovam a
identificação, pesquisa, seleção, coleta, preservação, registro, exposição e
divulgação de objetos, expressões culturais materiais e imateriais e de
valorização do meio-ambiente e dos saberes da comunidade, bem como a utilização
de tecnologias educacionais para a interpretação e difusão do patrimônio
cultural.
Acreditamos que o desenvolvimento desta pesquisa no âmbito escolar é de
suma importância pois podemos pensar a pesquisa no processo ensino aprendizagem
como uma mediação de construção de conhecimento,
tornando possível que o estudante compreenda que o saber ensinado é construído,
oportunizando o problematizar relacionado ao conhecimento histórico
escolar.
A implementação de um
processo de inovação nem sempre é vista como mais importante no contexto
escolar, visto que o ensino atual é visto como um processo linear e a
consequência lógica de uma decisão prévia dado que se modifica frente à adoção
de um projeto inovador. No entanto, essa prática vem demonstrando que apesar de
ter fracassos e resistências começa a ser visto como uma ação interativa entre
o artefato, o professor e o aluno, ou seja, um projeto inovador possui
elementos mediadores que nele incidem significativamente.
No ambiente escolar mais
especificamente na sala de aula de História existem dificuldades de ensinar e
dificuldades de aprender porque existe uma tendência de se isolar os
acontecimentos históricos como se cada um deles expressasse uma circunstância
singular, um momento único que surge sem um antes e um depois, solto no espaço
e no tempo e superar essa crença, é ensinar o aluno a observar, pensar,
refletir historicamente compreendendo a disciplina como processo dinâmico.
Uma vez estabelecida essa
premissa que está contida nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998),
na Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96) e na Constituição de 1988 quando
orientam para perspectivas inovadoras no ensino da História objetivando a
construção da cidadania, entendemos que o objetivo de práticas pedagógicas
inovadoras, no caso o uso da fotografia é ajudar aos estudantes conhecerem e
respeitarem modos de vida diferentes em diversos tempos e espaços respeitando a
diversidade.
Assim, a importância do
projeto “A fotografia e a
materialização da memória escolar” contribuiu para desenvolver o olhar
critico do aluno, levantando questionamento a cultura escolar e ao mesmo tempo
cria a necessidade de saber olhar atenciosamente o passado no presente
transformando a pratica escolar, ou seja, inovando no interior da escola.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
ü
Registrar e preservar a cultura escolar através
do uso da fotografia com o objetivo de inventariar memórias do cotidiano
escolar que permeiam sujeitos escolares (alunos, professores e comunidade)
inscrevendo tais registros materiais na história das relações sociais e
educacionais, e em particular na cultura do contexto escolar pesquisado.
2.2 Objetivos específicos
ü Analisar
a contribuição do uso da fotografia como ferramenta pedagógica no processo
ensino aprendizagem e de interação em sala de aula;
ü
Contribuir para a construção e reconstrução da
cultura escolar e da memória da história da educação da capital do Maranhão
ü
Analisar
as mudanças da cultura escolar no espaço tempo no ambiente escolar através da
fotografia
ü Destacar
os benefícios da interação na construção do conhecimento crítico, individual e
coletivo de aprendizagem com o uso da fotografia.
.
3 METODOLOGIA
A abordagem teórica metodológica que será utilizada no presente projeto
será pautada a partir do registro fotográfico, com base teórica na História
Cultural, com o objetivo de apreender o contexto investigado e seus sujeitos
envolvidos. Uma pesquisa de cunho qualitativo com o objetivo de analisar os
registros fotográficos do contexto escolar.
4 RESULTADOS /CONCLUSÃO
A fotografia tem se
mostrado uma importante ferramenta no trabalho interdisciplinar resultando no
olhar que analisa a cultura escolar possibilitando a materialização de uma
memória a ser preservada como fonte de informação para a pesquisa histórica,
pois na sociedade da informação, vivemos um consumo excessivo de imagens, onde
o fundamental é saber interpretá-las, ou ressignificá-la de modo que, o
indivíduo seja capaz de desvendar seus vários sentidos. Assim, diante da
necessidade de uma quebra de paradigma educativo, o uso da fotografia no projeto
“A fotografia e a materialização da memória escolar contribuiu para o
rompimento de uma aprendizagem fragmentada e instrucionista.
Assim, os alunos fizeram
leituras sobre a posição do aluno frente o processo ensino aprendizagem, ao
todo fizeram parte do projeto 39 alunos onde organizamos quatro grupos de
pesquisa e produção fotográfica a partir de temáticas, como: espaço físico/artefatos,
eventos escolares e gênero.
Exemplificando
os artefatos que compõem o contexto escolar como a utilização dos dispositivos
moveis celulares, espaço físico; a
reorganização e disposição das carteiras em sala de aula, a função da
biblioteca enquanto espaço em movimento,
gênero; os professores e suas metodologias, as relações de gênero na escola, os
eventos; como a eleição do grêmio escolar, os uniformes, carteiras, se
liberadas de seu compromisso de registro, do vínculo com a realidade histórica
hegemônica localizada no tempo passado, nesse momento o aluno(a) é capaz de
permitir narrar novas histórias, construir outras identidades, revelar outros
passados, fundar uma memória.
Durante o período de três (3) meses (janeiro, fevereiro e março de 2018) foi feita a revisão bibliográfica
leitura e fichamento dos
textos bases sobre fotografia, memória e a educação escolar maranhense e
brasileira, no quarto e quinto mês (abril e maio de 2018) foi feito o registro fotográfico do contexto escolar(alunos,
professores e comunidade) e a leitura
das fotografias com uma parte textual e no mês de junho de 2018 o
resultado/culminância com exposição das fotografias dos alunos.
O uso da fotografia no
projeto “a footgrafia e amaterialização da memoria escolar” não se pretendeu
apoiar meramente a exposição de fotografias (imagens) no ambiente escolar,
apenas com o objetivo de reforçar os textos do material oferecido aos alunos
como comumente vemos nos livros didáticos. De acordo com Bittencourt (1997) ela
é mais do que isso, torna-se um desafio para a aprendizagem, local de
descobertas coletivas, num ambiente motivador e inovador em que a participação
de cada um seja incentivadora para a construção de conhecimento coletivo, na
medida em que está evidente a dificuldade de leitura contextualizada partindo
da sua própria compreensão, dos seus próprios questionamentos, evocando com
isso uma leitura crítica da realidade, enfatizando a contribuição do trabalho
para o avanço da pesquisa sobre a história da educação maranhense e brasileira e
para o desenvolvimento do Maranhão
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sábado, 31 de março de 2018
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DIANTE DOS AVANÇOS DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO (NTIC)-2009
A formação do professor é garantida pela
Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional - Lei Nº 9.9394/96, conforme os
artigos a seguir (CARNEIRO, 1998):
Art. 61. A formação de
profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes
níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do
desenvolvimento do educando, terá como fundamento:
I
- a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em
serviço;
Art. 67. Os sistemas de ensino
promoverão a valorização dos profissionais, assegurando-lhes, inclusive nos
termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:
II - aperfeiçoamento profissional
continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim;
Art. 87. Realizar programas de
capacitação para todos os professores em exercício, utilizando também. Para
isto, os recursos da educação à distância.
Para
Valente (1999), não basta estar na Lei, é necessário que se prepare o professor
para atuar com competência para ir além da aula expositiva, usando os recursos
da informática e contribuindo para a inserção das novas tecnologias no
cotidiano, pois atualmente saber ler e escrever não basta é preciso ler as
mensagens tecnológicas e sua interferência nas formas de organização da nossa
sociedade e nossa cultura.
Desta
forma faz-se necessário a formação de professores ao acesso a conteúdos que
propicie não apenas o domínio das NTIC, mas uma prática pedagógica reflexiva,
uma vez que o uso de computadores não garante, por si só, uma melhor qualidade
do ensino.
Segundo
Pretto (1996) vivemos num mundo onde diversos meios podem levar ao raciocínio e
ao conhecimento e de que aprendizagem pode acontecer de várias maneiras, além
da tradicional aula expositiva. Nesse sentido,
é preciso que o professor esteja preparado para enfrentar esse desafio, havendo
uma mudança de postura diante das NTIC.
Segundo Vituriano (2008) as escolas
contemporâneas além de preparar para o mundo do trabalho, devem desenvolver nos
alunos a capacidade de conviver em sociedade, articulando, dessa forma,
desenvolvimento humano e econômico, com vista ao exercício pleno da cidadania.
Dessa forma, dentro da sociedade da
informação pretende-se um professor, capaz de trabalhar a partir
do elo entre teoria e prática, tendo consciência das concepções que sustentam
sua ação em sala de aula. Com isso a formação passa a ser discutida em uma
perspectiva que assegure, acima de tudo, a relação entre o mundo e a escola,
buscando a qualidade do processo ensino e aprendizagem.
Segundo Lima (1985, p. 65)
É importante
superar definitivamente os enfoques tecnológicos, funcionalistas e
burocratizados da instituição educativa, aproximando-se, ao contrario do seu
caráter mais relacional, mais dialógico, mais cultura-contextual e comunitário,
em cujo âmbito adquire importância a relação que se estabelece entre todas as
pessoas, que trabalham dentro e fora da instituição.
Nesse contexto, a aprendizagem com o uso das NTIC exigi que
o professor, tenha uma formação crítico-reflexivo, capaz de atender as novas
demandas sociais de aprendizagem. Porém, muitas vezes, a formação inicial do
professor não os prepara para a utilização da informática de forma pedagógica,
é o que discutiremos a seguir.
A Rede Municipal de Educação de São Luis
definiu como proposta prioritária de sua política educacional formar seus
profissionais tendo como princípios:
a)
que a formação
de professores se fundamente em uma concepção critico-reflexiva, concebendo o
professor como sujeito do seu processo de formação, ou seja, favorecendo a
construção de um professor autônomo e competente, capaz de criar, planejar,
gerir e avaliar situações didáticas eficazes e a aprendizagem dos alunos;
b)
que se
oportunize a construção coletiva do conhecimento pedagógico, favorecendo o
desenvolvimento pessoal e profissional.
Nesse sentido, o Núcleo de Tecnologia
Educacional Municipal (NTEM), oportuniza a formação de professores da Rede
Municipal de Educação de São Luís com objetivo de promover a formação dos
professores no uso pedagógico das NTIC, contribuindo para a inclusão digital de
professores e alunos da Rede.
O objetivo geral do curso (ver Anexo C) é
promover a formação dos profissionais da educação da Rede Municipal de Educação
de São Luís no uso pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC),
contribuindo para a inclusão digital de
professores, funcionários e alunos da rede.A principal ação do NTEM da SEMED
será desenvolver um programa de formação continuada, organizando cursos,
oficinas e eventos diversos para os educadores.Procurando sensibilizá-los,
assessorá-los e prepará-los para o uso pedagógico das NTIC nas escolas da rede.
A elaboração do curso consistiu em Introdução a Educação Digital (40h), com o
objetivo de inserir o professor no manejo de computadores com sistema
operacional Linux e recursos básicos da Internet. Tecnologia na Educação:
ensinando e aprendendo com as NTIC (100h), com o objetivo de utilizar de forma
pedagógica as NTIC em situações de ensino e aprendizagem em sala de aula e
complementação local (40 h), cujo objetivo era as NTIC e o Projeto Político
Pedagógico e/ou desenvolvimento de projetos educacionais (ver Anexo C).
O curso de Pedagogia da UFMA oferece a Disciplina Informática
Aplicada a Educação, através do curso de Computação, com carga horária de 60h, com
04 horas semanais.
Esta disciplina cursada durante a minha graduação teve um
conteúdo programático de forma mais instrucionista, não havendo por parte do
professor nenhuma preocupação com os objetivos da disciplina, ou melhor, com o
que ela poderia trazer de benefícios para um futuro professor e, sobretudo com
o aspecto pedagógico da informática no campo educacional. Foi oferecido de fato
um curso de computação, onde o computador foi destacado como maquina de
instrução, oferecendo uma introdução ao Programa Word e Excel.
Segundo Valente (1999, p. 63):
O nó da questão está na
formação docente, muitos educadores ainda não sabem o que fazer com os recursos
que a informática oferece. e, nesse sentido, a chave do problema é a questão da
formação, da preparação dos educadores para saberem como utilizar esta
ferramenta como parte das atividades que realizam na escola.
Através
de nossa experiência profissional na Unidade de Ensino Básico Roseno de Jesus
Mendes, com as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação, em especial com o
computador, tivemos oportunidade de desenvolver um Projeto no qual direciona
uma prática pedagógica com o uso das NTIC, é dessa experiência que trataremos
no capitulo seguinte.
PERCURSO HISTÓRICO DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO (O COMPUTADOR)
O
homem sempre procurou produzir mais com menor esforço e criou as máquinas para
a simplificação e a evolução do trabalho humano. A invenção da máquina de calcular,
por Blaise Pascal, que realizava operações de soma e subtração, a primeira
máquina a vapor, por James Watt, durante a Revolução Industrial, dentre outras
descobertas, inauguram um o desenvolvimento científico experimentado pela
humanidade, produzindo conhecimentos a uma velocidade jamais experimentada
antes na história.
O
ensino através da informática tem suas raízes, segundo Valente (1999), através
das máquinas. Esta idéia foi usada por Dr. Sidney Pressey em 1924 que inventou
uma maquina para corrigir testes de múltipla escolha. Essa idéia foi
posteriormente reelaborada por B.F.Skinner que no ano de 1950, como professor
de Harvard, propôs uma máquina de ensinar usando o conceito de instrução
programada.
De
acordo com Netto (2005), a instrução programada consiste em levar o estudante a
responder módulos seqüenciais, se a resposta está correta aluno pode passar
para o próximo módulo. Se a resposta está errada, o aluno é convidado a rever
os módulos anteriores ou, ainda, a realizar outros módulos, o objetivo é
remediar o processo de ensino.
O
crescente avanço da tecnologia utilizada na criação das máquinas chamou a
atenção dos militares norte-americanos, que, interessados no poder que essas
máquinas poderiam trazer em longo prazo, empregaram vultosos investimentos em
pesquisas e projetos sobre computadores.
Durante
a 2º Guerra Mundial, os militares começaram a ter os primeiros resultados
desses investimentos. O “efeito Sputnik”, segundo Netto (2005), assim batizado
por causa do lançamento do satélite soviético Sputnik, em1957, difundiu o temor
entre os países capitalistas de que a União Soviética poderia ultrapassar o
mundo ocidental na corrida pelo desenvolvimento científico e tecnológico,
representado pela tecnologia espacial.
O
Mark I foi o primeiro computador desenvolvido pela Marinha norte-americana em
parceria com a Universidade de Harvard e a IBM, em 1944. No entanto devido a vários
problemas técnicos como ruídos muito altos e intensos, acabou sendo extinto.
Em
1946, o Eletronic Numeric Integrador and Calculator (Eniac) construído pelos Estados Unidos, deu
continuidade ao desenvolvimento dessa máquina, sendo duas vezes maior que o
Mark I, porém 100 vezes mais rápido. Nessa mesma época, John Von Neumann estabeleceu
segundo Valente (1999) a arquitetura básica do computador usado até hoje:
memória, unidade central de processamento, dispositivo de entrada e saída de
dados.
Durante
a década de 70, a
Intel Corporation, uma empresa norte-americana que projetou o microprocessador,
reuniu em só circuito todas às informações e funções do processador central
dando surgimento a unidade Central de processamento, que oportunizou as
informações de forma mais eficiente.
Em
1974, de acordo com Valente (1999), o estudante de Harvard Bill Gates,
juntamente com Paul Allen, desenvolveu um interpretador BASIC para o Altair, o
primeiro modelo de microcomputador. Em 1975, fundou a Microsoft, a maior
empresa atual de softwares do mundo.
A
Apple foi, de acordo com Netto (2005), o primeiro computador pessoal. O sucesso
na área da informática viria com a IBM, que em 1980, resolveu desenvolver
microcomputadores de baixo custo lançando seu Personal Computer (PC) e
contratando a Microsoft para desenvolver o sistema operacional MS-DOS.
A
divulgação de forma mais intensa, assim como a comercialização dos primeiros
computadores aconteceu com a criação de programas dedicados à edição de textos,
às planilhas à comunicação e outras funções. Profissionais da área
administrativa, principalmente passaram a usar o microcomputador como
ferramenta de trabalho.
As
instituições de ensino passaram a interessar-se pelo uso do computador, no início
dos anos 70.
3.1 As novas
tecnologias da informação e comunicação (o computador) no Brasil
De
acordo com Valente (1999) o uso do computador no Brasil tem início a partir do inicio da década de 70, na Universidade Federal
de São Carlos em um seminário intensivo sobre o uso de computadores no ensino
de Física, ministrado por E. Huggins, especialista da Universidade de
Dartmouth, EUA. Durante essa Conferência, um
grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), acoplou, via modem,
um terminal no Rio de Janeiro a um computador localizado no campus da USP.
Em
1974 é criado o software BASIC, pelos alunos da Universidade de Campinas. Um
ano depois, Seymour Papert e Marvin Minsk visitaram o Brasil, e divulgaram o
Programa LOGO, direcionado
para crianças.
Segundo
Valente (1999), o LOGO, consiste em softwer educativo que proporciona à criança
a possibilidade de aprender através da construção de atividades na área de
Ciências e Matemática, segundo uma abordagem Construcionista.
A
construção do conhecimento através do computador tem sido denominada por Papert
de construcionismo. (PAPERT, 2008). Segundo Valente (1999) Papert usou esse
termo para mostrar outro nível de construção do conhecimento: a construção do
conhecimento que acontece quando o aluno constrói um objeto de seu interesse,
como uma obra de arte, um relato de experiência ou um programa de computador.
Na
década de 80, a
informática educacional no Brasil estava dando seus primeiros passos. A
implantação do programa de Informática em Educação teve início com o primeiro e
segundo nacional de Informática em Educação em Brasília e na Bahia, encontros
que deram origem ao EDUCOM.
O
Projeto EDUCOM trabalhava no sentido de fomentar ambientes educacionais usando
o computador como recurso facilitador do processo de aprendizagem, onde o aluno
fosse capaz de aprender com a ajuda do computador.
No
ano de 1991 é criado o Programa Nacional de Informática na Educação (PRONINFE),
que substitui o EDUCON. Segundo Netto (2005), o PRONINFE tem como meta
desenvolver a informática educativa nas escolas Técnicas Federais do Brasil. Através
de Projetos e atividades, articulados e convergentes, apoiados em fundamentação
pedagógica sólida e atualizada. O objetivo era capacitar até o final de 1998,
119 Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE) em 27 estados e Distrito Federal.
No
ano de 1997 é criado o Programa Nacional de Informática (PROINFO). Segundo
Valente (1999), o Proinfo, lançado pelo Ministério da Educação e Desporto e
coordenado pela Secretaria da Educação à Distância SEED/MEC, com sede em
Brasília, tem como papel principal introduzir as Novas tecnologias da
Informação e Comunicação nas escolas públicas do Ensino Fundamental e Médio do Brasil.
O
Proinfo tem por objetivo a preparação dos professores para saberem utilizar os
computadores, que começaram a ser distribuídos nas escolas da rede pública.
Atualmente o Proinfo em São
Luís do Maranhão é desenvolvido pelo NTEs, que visa
desenvolver suas atividades com base na preparação do professor para o uso das
NTIC de forma crítica.
De
acordo com Valente (1999), todos os centros de pesquisa do projeto Proinfo
atuaram na perspectiva de criar ambientes educacionais, usando o computador
como recurso facilitador do processo de aprendizagem.
Do
ponto de vista pedagógico o uso dos computadores como recurso pedagógico
tradicional reporta ao que seria o paradigma instrucionista, no entanto o
computador, conforme nos aponta Valente (1999) pode enriquecer os ambientes de
aprendizagem, onde o aluno, interagindo com os objetos desse ambiente, tem
chances de construir o seu próprio conhecimento. Este é o paradigma
construcionista onde a ênfase está na aprendizagem, na construção do
conhecimento e não instrução buscando também o desenvolvimento da autonomia do
aluno.
Para
Freire (1997) a autonomia do educando é alcançada em uma perspectiva emancipatória,
sendo alcançada por meio de diálogo, respeito à diversidade, comprometimento,
reflexão critica, tomada de consciência e ética.
AS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS E EDUCACIONAIS DIANTE DOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS
AS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS E EDUCACIONAIS DIANTE DOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS
A
modernidade, influenciada pela Revolução Industrial, trouxe mudanças a nível
econômico capazes de modificar o lócus de trabalho da família do campo para a
cidade, a urbanização e a industrialização da sociedade, então em processo,
impossibilitaram a preservação do tipo de vida e rural. As máquinas,
desenvolvidas através do processo industrial trouxeram ao meio social mudanças
significativas nas suas relações de produção, daí a necessidade da divisão do trabalho.
(TOFFLER, 1997).
A
urbanização acelerada em consonância com o capitalismo industrial cria
expectativas com relação à instituição escolar, que necessitava formar um homem
domesticado não mais com o tempo atemporal, mais com um tempo ordenado capaz de
direcionar o homem fabril para suas funções industriais.
A
escola pública foi então, construída para desempenhar e cumprir tal função,
direcionada a facilitar a adaptação das novas gerações aos anseios da sociedade
industrial.
De
acordo com Sacristán (2000) foi dessa forma que a criança na sociedade
industrial desenvolveu seu processo de aprendizagem, oprimida em torno de um
processo de ensino-aprendizagem industrial.
Desta forma, a escola procura atender as necessidades que
emergem com o aparecimento de fábricas, e como afirma Fino (2007, p. xx) “[...] condicionada pela aquisição de um conjunto
de atitudes e de valores de interesse inestimável.” Dessa forma, a escola, que
era controlada pelo Estado, por meio de normas rígidas, procurava reproduzir o
que acontecia nas fábricas.
O modelo de ensino, com vista a uma “educação fabril” teve
como objetivo a exigência nos resultados e a busca da eficácia. Sendo assim,
este modelo de ensino destinava-se a criação de excelentes “serviçais” para
trabalharem nas fábricas e a tornar a sociedade obediente e capaz de responder
aos anseios da Revolução Industrial. (TOFFLER, 1997).
Atualmente vivenciamos uma Revolução Tecnológica na área da
comunicação, difundida principalmente pelo uso do computador, que teve início
através de um Projeto Militar durante a Guerra Fria, difundindo-se por quase
todo mundo nos anos 90 e ganhando uma repercussão planetária jamais vista na
sociedade contemporânea.
Conforme afirma Dellors (2000), essa difusão operou uma
revolução profunda no mundo da comunicação, caracterizada, em particular, pelo
aparecimento de dispositivos multimídia e por uma ampliação extraordinária das
redes telemáticas.
Essa Revolução Tecnológica constitui, evidentemente, um
elemento essencial para a compreensão da nossa modernidade, na medida em que
cria novas formas de socialização e, até mesmo, novas definições de como
ensinar e aprender no âmbito escolar.
A evolução da ciência e da tecnologia em geral, e
especialmente a da comunicação, segundo Grinspun (1999) tem estimulado e ao
mesmo tempo, causado um processo de transformação amplo na sociedade. A
televisão, o computador, o cinema, por exemplo, influenciaram significantemente
no contexto social, inclusive familiar, nas relações afetivas, e na maneira
como as pessoas se vestem provocando mudanças de hábitos e comportamentos,
condicionando gostos, preferências e sensações.
Para Libâneo (2008) a escola de hoje
precisa formar indivíduos capazes de pensar e de aprender permanentemente
(formação permanente) em um contexto de avanço de tecnologias de produção, de
modificação da organização do trabalho, das relações contratuais entre capital-trabalho
e dos tipos de emprego. Não apenas conviver com outras modalidades de educação
não formal, informal e profissional, mas também articular-se e integrar a elas,
a fim de formar cidadãos mais preparados e qualificados para um nova sociedade.
Portanto, criar ambientes educativos, construir o
conhecimento em conjunto com o aluno como forma de romper com os paradigmas da
sociedade industrial e criar mecanismos que favoreça uma compreensão da escola
como entidade sociocultural, faz-se necessário nessa nova sociedade da
informação.
Segundo Santomé (1998) torna-se cada vez
mais evidente o fato de que a Revolução Tecnológica esta favorecendo o
surgimento de uma nova sociedade, marcada pela técnica, pela informação e pelo
conhecimento.
Conseqüentemente, no âmbito dos sistemas
de ensino e das escolas, procura-se reproduzir a lógica da competição e as
regras do mercado, com a formação de um mercado educacional baseado nos
resultados da produtividade.
Nesse sentido, a organização escolar deve ser capaz de
proporcionar aos educando a aprendizagem dos conteúdos construídos pela
sociedade, dando-lhe condições para a criação, construção do conhecimento e
para o desenvolvimento de suas potencialidades. Dessa forma não se pode pensar em mudanças educacionais ou mesmo na
escola, se não tivermos em mente todas as questões envolvidas com esse processo,
como o novo papel do aluno e do professor.
Segundo Carneiro (1998, p. 9):
Na perspectiva da
construção do saber, da idéia estanque de conteúdo aprendido, evoluiu-se para a
noção de capacidade para a inovação. Em decorrência, a educação era instada a
buscar novos paradigmas capazes de preparar trabalhadores com alta
qualificação, íntimos de tecnologias nascentes. Aprender a lição passou a ser
pensar, criar, imaginar e, não, memorizar apenas.
Portanto, evidencia-se a necessidade de
instaurar uma educação pautada em uma perspectiva inovadora contribuindo para a
construção de um cidadão que participe ativamente da sociedade da informação e
não apenas um homem para o mercado de trabalho. Para tanto, é preciso que a
escola possibilite que os alunos tenham acesso as Novas Tecnologias da
Informação e Comunicação das mais simples as mais sofisticadas, tornando viável
o desenvolvimento e a construção de suas ações com todos esses elementos.
Segundo Valente (1999) são consideradas NTIC,
entre outras:
a)
os computadores pessoais (PCs, personal computers),
as câmeras de vídeo e foto para
computador ou webcams ,a gravação doméstica de CDs e DVDs;
b)
os diversos suportes para guardar e portar dados como os
disquetes
(com os tamanhos mais variados), discos rígidos ou hds, cartões de memória, pendrives,
zipdrives
e assemelhados;
c)
a telefonia móvel
(telemóveis ou telefones celulares), a TV por assinatura,
TV a cabo, por antena parabólica;
d)
o correio eletrônico (e-mail), as listas de discussão
(mailing lists), a internet;
e)
a world wide web (principal interface gráfica da internet), os websites
e home pages;
f)
os quadros de discussão
(message boards), o streaming (fluxo
contínuo de áudio e vídeo via internet);
g)
o podcasting
(transmissão sob demanda de áudio e vídeo via internet) esta enciclopédia
colaborativa, a wikipedia, possível graças à Internet, à www e à invenção do wiki;
h)
as tecnologias digitais de captação e tratamento de imagens e sons, a captura eletrônica ou
digitalização de imagens (scanners);
i)
a fotografia digital,
o , o cinema digital (da captação à exibição), a tv e
o radio digital, as tecnologias de acesso remoto (sem fio ou wireless),
o Wi-Fi e o Bluetooth.
Entendemos
que o profissional da educação tem neste século uma responsabilidade ímpar, que
é fazer com que cada aluno (cidadão) tenha acesso as informações sobre o mundo.
Com capacidade de compreendê-las e articulá-las visando o bem comum, onde o
papel da escola e do professor não se reduz a mera transmissão de conhecimentos,
mas sim de transformar o aluno em sujeito de sua própria aprendizagem tendo como
mediação a comunicação, o diálogo, à pesquisa, a criatividade e a reflexão.
INTRODUÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR (NTIC) - ESTUDO DE CASO: Unidade de Ensino Básico Roseno de Jesus Mendes
A
utilização das
Novas Tecnologias da Informação e Comunicação no atual sistema educacional
brasileiro pode ser concebido como uma grande mudança no processo de
aprendizagem, desde que seus recursos sejam direcionados para desenvolver uma
melhor compreensão e obtenção do conhecimento, pois, caso isso não ocorra, as mesmas
refletirão apenas ao uso de uma tecnologia com a finalidade de facilitar
tarefas, e não alcançará o objetivo de ser contribuinte ao processo de ensino
aprenizagem de forma significativa.
Segundo Valente (1999) as tecnologias e
métodos para comunicar surgidas no contexto da Revolução
Informacional ou Terceira Revolução
Industrial, desenvolvidas desde a segunda metade da década de 1970 e,
principalmente, nos anos 1990, são chamadas de Novas Tecnologias da Informação
e Comunicação.
A
imensa maioria delas se caracteriza por agilizar, horizontalizar e tornar menos
palpável (fisicamente manipulável) o conteúdo da comunicação, por meio da digitalização e da comunicação em redes (mediada ou não por computadores) para a captação, transmissão e
distribuição das informações (texto, imagem estática, vídeo e som).
Considera-se que o advento destas novas tecnologias (e a forma como foram
utilizadas por governos, empresas, indivíduos e setores sociais) possibilitou o
surgimento da "sociedade do
conhecimento técnico-informacional ".
A sociedade do
conhecimento técnico-informacional,é
caracterizada segundo Libâneo (2008) pelos diferentes mecanismos de informação
digital, de acesso à informação e de pesquisas entre matérias sempre
atualizadas.
Cada vez mais se faz necessário dominar
e processar as informações de forma eficiente e crítica tendo capacidade de
criar novas soluções a fim de participar de forma efetiva dessa sociedade.
A incorporação das Novas Tecnologias da Informação e da
Comunicação no ambiente escolar pode, segundo Netto (2005) dinamizar a aula,
tornando-as mais vivas, interessantes e vinculadas com as realidades atuais da
pesquisas e, principalmente, com a aprendizagem.
Apesar da incorporação das Novas
Tecnologias da Informação e Comunicação no ambiente escolar e o grande fascínio
das crianças e adolescentes pelo uso das mesmas há a possibilidade de seu uso chegar
à escola de forma inadequada. Pois a introdução das mesmas na escola significa
muito mais uma mudança de postura do professor diante das NTIC possibilitando criar
ambientes direcionados à construção do conhecimento, do que apenas a construção
de um laboratório de informática e de sua utilização.
Com a disseminação das Novas
Tecnologias da Informação e Comunicação nas escolas, o computador passou a ser
utilizado não só pela administração, mas também no processo
ensino-aprendizagem. Acompanhado de uma gama de programas que misturam jogos e
informações em tempo “real”, seu uso estar associado as mais variadas
possibilidades de acesso a informações e ao conhecimento.
Segundo Schaff (1990), pensar em
computadores na educação não significa meramente pensar na máquina e, sim, na
Educação. A informática e a educação devem ser consideradas como um todo,
visando sempre o beneficio da sociedade.
Com base no exposto e na minha
experiência em um Projeto
desenvolvido na escola Unidade de Ensino Básico Roseno de Jesus Mendes, em
parceria com a PLAN (ver Anexo A), intitulado Projeto Internacional da mudança
do clima (ver Anexo B), que teve como recurso metodológico o uso do computador,
é que sentimos a necessidade de fazer uma análise dessa experiência. Por considerarmos
que a mesma foi positiva e dessa forma, analisá-la pode contribuir para
refletirmos sobre as possibilidades que temos para trabalharmos com o
computador na escola.
Assim, a presente monografia
configura-se como uma análise de uma experiência no ambiente escolar com o uso
do computador através de um Projeto (ver Anexo B) desenvolvido na Unidade de Ensino
Básico Roseno de Jesus Mendes em parceria com a PLAN (ver Anexo A).
Nosso trabalho possui os seguintes
objetivos:
Geral:
a)
analisar a
introdução das NTIC, mas especificamente o computador, no ambiente escolar
através de um estudo de caso.
Específicos:
a)
descrever como
foi à relação dos alunos envolvidos no Projeto com as NTIC em especial com o
uso do computador;
b)
identificar as
dificuldades encontradas ao longo do desenvolvimento do Projeto com relação às
NTIC e professores;
c)
verificar se existe
alguma formação continuada para os professores da Unidade Ensino Básica Roseno
de Jesus Mendes direcionada ao uso das NTIC no ambiente escolar.
Com base nesses objetivos levantamos as
seguintes problematizações para buscar respostas na presente Monografia. Foram
as seguintes:
a)
os professores da
Unidade de Ensino Básico Roseno de Jesus Mendes estão preparados para
desenvolver atividades pedagógico-didáticas no ambiente escolar direcionados ao
uso das NTIC?;
b)
como ocorre a
introdução das novas tecnologias da Informação e comunicação na Unidade de
Ensino Básico Roseno de Jesus Mendes?;
c)
existe alguma
formação continuada para os professores da Unidade de Ensino Básico Roseno de
Jesus Mendes direcionada ao uso das NTIC no ambiente escolar?;
d)
como foi à
relação dos alunos envolvidos no Projeto com as NTIC em especial com o uso do
computador?
Neste sentido, o presente trabalho pretende
fazer uma análise sobre a introdução das Novas Tecnologias da Informação e
Comunicação no ambiente escolar, objetivando analisar o processo de introdução
das mesmas na UEB Roseno de Jesus Mendes.
Buscando inicialmente
alcançar os objetivos propostos o trabalho estar organizado da seguinte forma:
primeiramente fizemos a presente introdução na qual descrevemos a configuração
de nosso objeto de pesquisa No segundo capítulo faz-se a análise sobre as
transformações sociais e educacionais diante dos avanços tecnológicos. No terceiro
capítulo o percurso histórico das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação
na Educação (o computador). No quarto capítulo, A formação de professores
diante dos avanços das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação.
No quinto capítulo abordaremos
nossa experiência com o uso das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação no
ambiente escolar, como forma de promover uma sugestão de como as Tecnologias da
Informação e Comunicação podem ser utilizadas no ambiente escolar. No sexto capítulo
e última parte, fizemos as considerações finais, na qual apontamos nossas
análises acerca dos dados empíricos.
Consideramos
que nossa pesquisa não tem a pretensão de esgotar a temática, mas levar aos
leitores uma reflexão sobre as a importância das Novas Tecnologias da
Informação e Comunicação como um importante
recurso dentro do ambiente escolar.
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